Na tribuna, Dr. Cecílio fala sobre audiência da limpeza pública

Dr. Cecílio durante discurso na tribuna da Casa de Leis
Dr. Cecílio durante discurso na tribuna da Casa de Leis

O vereador Dr. Cecílio José Prates, presidente da Câmara Municipal, usou a tribuna na última sessão ordinária para falar sobre o resultado da audiência da limpeza pública realizada na segunda-feira, 13 de setembro.

Na oportunidade, o parlamentar mais uma vez reafirmou que não tem nada contra funcionários da empresa Alfalix, mas que precisava esclarecer se a terceirização da limpeza pública está sendo benéfica para a comunidade.

“Quando venho  a esta Câmara Municipal de Vereadores para participar de nossas sessões ou reuniões, meu primeiro intuito é  trabalhar  para resolvermos problemas e  auxiliar a atual administração no que diz respeito a nossa cidade.

É com muito pesar que venho usar este tribuna, pois só faço questão de usá-la em momentos específicos e de interesse da nossa comunidade para falar o que eu vou falar. Eu gostaria de não estar precisando de usá-la.

Quando fui eleito vereador, tive a intenção de  trabalhar pelo município, esta foi minha campanha. Não fui eleito para vir aqui discutir com ninguém. Não vim aqui para ser apontado por ninguém e  muito menos de ser ameaçado por alguém.

Minha postura como homem público é de lutar pelo bem da comunidade e  a comunidade como um todo. Senhores vereadores, o que venho notado  neste pouco tempo de mandato,  1 ano e 9 meses, é que ainda se pratica no nosso município a politicagem, ainda mais quando realizamos audiências públicas nesta Casa de Leis.

O que eu notei em duas audiências públicas. A primeira quando se instalou a empresa Tomilho e culminou ontem (segunda-feira) quando realizamos a audiência para discutir a limpeza pública. Nós não tínhamos a intenção de discutir a situação da Alfalix e muito menos sobre funcionários, pois a intenção esclarecer o porque do valor que o nosso município está pagando para ter a limpeza pública. A princípio era de R$ 2 milhões ao ano e no outro ano uma previsão de R$ 3,6 milhões. A população, tanto na primeira audiência que foi da Tomilho, quanto na segunda audiência, foi incitada a vir aqui nos pressionar a tomar atitudes. Daqui para frente eu vou começar a prestar atenção nisto. Não costumo presta atenção neste detalhe pois acredito que as pessoas não são capazes disto. Mas, ontem foi provado que as pessoas que aqui estavam foram convidadas por terceiros para vir aqui atrapalhar a nossa audiência pública, para vir aqui forçar uma situação que não poderia ter acontecido. Incitar a população a vir aqui na Casa de Leis para forçar os senhores vereadores a não tomar as atitudes necessárias vai virar caso de política daqui para frente.

Então, senhores funcionários da Alfaia, eu não tenho nada contra o senhores, muito pelo contrário, eu os defendo dia e noite se for preciso, como cidadãos guairenses. Eu jamais iria fazer alguma para prejudicá-los. A única coisa que eu quero a respeito da terceirização limpeza pública é esclarecer os munícipes que reclamam o valor e o porque do que está sendo pago, se está certo ou não esta contratação, esta terceirização, se isto é bom ou não para o nosso município. E procurar saber também por onde andam os funcionários que faziam a limpeza pública.  É uma incógnita.

Quero dizer a todos meus caros, que nunca fui um homem de meias palavras, tão pouco sou um homem de duas caras. Quem me conhece sabe muito bem que não sou vereador que fica batendo nas gostas de ninguém, de eleitor nenhum, apenas para ser agradável ou simpático. Eu prefiro mostrar minha simpatia de outra forma, sem palavras baixinhas ao pé do ouvido, sem promessas falsas, como fazem os demagogos e os incitadores. Sem sussurrar abraçado  a este ou aquele, porque meu pensamento é claro e alto e faço questão que todos ouçam. Por isso aqui nesta tribuna eu falo e sustento em qualquer lugar o que eu falar qui. Jamais poderia ser contrário a qualquer trabalhador. Minha formação moral vem de família, que isto eu tenho. Pai e mãe humildes como qualquer trabalhador sabem o quanto é difícil colocar o pão na mesa. Se os senhores pensam que eu cheguei a formação de médico facilmente, não foi não, foi com muito trabalho, muita dedicação. Sei o que é não é fácil ter estabilidade no serviço, não poder fazer prestações de longas datas, porque não se sabe se poderá honrar os compromissos. Não é do meu feitio fazer conchavos, pois jamais farei conchavos. Muito menos conclamarei um público para pressionar, nem para votar e muito menos para ser votado. Meu compromisso a sempre com a verdade.

Então, com relação a limpeza pública, dizem que os números não mentem. Façam uma conta comigo, que ontem não consegui fazer esta conta. Até o ano passado eram pagos R$ 160 mil por mês à empresa que fazia a limpeza pública de nosso município. Hoje paga-se por este mesmo serviço R$ 3,6 milhões por ano. Vou repetir, até o  ano passado pagava-se entorno R$ 2 milhões, e este ano R$ 3,6 milhões, ou seja, R$ 1,6 milhão a mais. Para fazer conta, 80% a mais. Isto só pode ser possível, através de duas mágicas: ou Guaíra dobrou de tamanho ou o salário de quem faz o serviço dobrou, o que não seria nada mal se tivesse dobrado, pois eles merecem, pois quem trabalha merece um bom salário. Se nada disso aconteceu, alguma coisa está errado. E foi para isto que fui eleito para fiscalizar o dinheiro, para orientar e não ficar contra o trabalhador.

Eu quero neste momento o trabalhador possa passar o seu Natal sossegado, que ele possa comprar o seu presente, para a esposa, para os filhos e o mais importante, que ele possa dormir e festejar o ano novo o que mais dignifica o ser humano, que é um serviço honrado.

Para finalizar, trabalho para a população como um todo. Não uso como massa de manobra, nem com elogios vazios, pois o maior elogio que a pessoa pode receber é tranquilidade de trabalhar e poder receber seu salário no final do mês.

Agora, eu pergunto aqueles que fizeram elogios para os trabalhadores que estavam aqui, aqueles que conclamaram aqueles trabalhadores  a vir aqui, aqueles que enganaram os trabalhadores a vir aqui para fazer aquela pressão desonesta. Onde vocês estavam que quando esta empresa foi contratada? Onde é que vocês estavam que não fizeram então um contratado de dois a três anos – já que vocês gostam daqueles trabalhadores –  para dar uma estabilidade de emprego para eles. É fácil bater nas costas. Onde vocês estavam para brigar pelos salários deles? Eu quero saber onde vocês estavam? Eu não bato nas costas de ninguém senhores trabalhadores, eu estou brigando pelos seus salários.

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